CFW #day2: Conheça a Oui Mimi

Leve e feminina. Essa é uma boa definição do que é a coleção prêt-à-porter para o Verão 2016 da Oui Mimi, marca que nasceu já na passarela do Capital Fashion Week. Sob o título ‘Polifonia’, a coleção apresentou looks harmônicos, com tecidos fluídos, recortes — o shape mullet apareceu em várias peças — e com extremo cuidado aos acabamentos. Nas cores predominaram os tons pastel e até mesmo as estampas exclusivas era delicadas e sutis. Tudo clean e sofisticado.

"O termo Polifonia, emprestado da música, indica parâmetros pré-estabelecidos, mas também liberdade para transitar entre os limites, criando camadas, sobreposições, volumes e texturas que trazem novas experiências sensoriais. (...) O tema da linha reúne conceitos livres que, juntos, remetem ao universo de linguagem particular ao trabalho de Mirella" — Oui Mimi

Fotos: Fotoforum

Após o desfile, bati um papo com a estilista da Oui Mimi, Mirella Righini, e ficou ainda mais claro todo o conceito das peças. Mirella valoriza conforto, qualidade e simplicidade. Trouxe de seu próprio estilo a referência para a sua coleção. Confira a entrevista:

Mirella Righini, criadora da Oui Mimi

Biquíni de Bolinha — Esse é seu primeiro desfile e a Oui Mimi começou aqui no CFW. Como começou o seu interesse por moda?

Mirela Righini — Na verdade eu costuro desde os 15 anos de idade e foi a primeira vez que participei de um desfile e fiz uma coleção completa, então foi um trabalho diferente. Até então eu fazia roupas exclusivas e sob medida. Fazer uma coleção precisa de muita pesquisa, muito estudo, muita gente envolvida.

BB — Quantas pessoas trabalharam junto com você para fazer esse desfile acontecer?

MR — Olha, exatamente eu não sei. Mas é muita gente. Tem a equipe da Boi Bumba, costureira, modelista, tem o Felipe, que foi meu stylist, o pessoal do SindiVest e do próprio Capital. É muita gente por trás.  Sozinha é simplesmente impossível, então essas pessoas foram fundamentais. Eu teria que ter levado umas 30 pessoas para andar comigo no final (na passarela, no encerramento do desfile) para representar a ajuda de todo mundo.

BB —  E qual foi a inspiração para essa coleção?

MR — Olha, eu sou muito espontânea, faço o que eu gosto, entendeu? Então eu penso sempre em conforto,  acabamento excelente, eu penso em peças duráveis e bonitas, simples e sem exageros porque eu penso em mim, em como eu me sentiria com aquela peça. Então a inspiração veio disso, de uma mulher que gosta  de moda, mas que gosta de conforto. Que gosta de beleza e se sentir bem.

BB — E qual é a sua grande aposta? Uma tendência que acha que vai pegar...

MR — Eu acho que as mulheres têm que ser mais femininas. Eu quero ajudar isso a acontecer. Eu acho que precisamos voltar a essa essência que toda mulher tem, de se sentir bonita e ao mesmo tempo não precisar exagerar para mostrar que é bonita.